O sedentarismo é caracterizado pela falta de actividade física, não apenas relativamente à prática desportiva, mas em toda sua
amplitude. A pessoa que faz actividades físicas regulares, tais como: limpar a
casa, caminhar para o trabalho, ou realizar funções profissionais que exijam esforço
físico, não é classificada como sedentária.
O sedentarismo faz com que a saúde da pessoa entre em
declínio e esteja mais susceptível ao aparecimento de doenças e por isso considera-se
actualmente como um problema de saúde pública e por muitos profissionais da
saúde, também é considerada como o mal do século.
A inactividade física é um dos maiores factores de risco no
desenvolvimento de doenças cardíacas e para além de problemas do coração,
também aumenta a probabilidade do aparecimento de diabetes, de depressão, de
obesidade, de problemas de ossos e problemas respiratórios. Ao mesmo tempo a
actividade física previne uma série de outros problemas e doenças. Neste contexto, Portugal faz parte dos países com menores
índices de actividade física da Europa, tornando a população portuguesa muito
exposta aos riscos de doenças.
Por estes motivos (que já me parecem suficientes) e também
porque no nosso país, recentemente têm surgido novas políticas exactamente
nesta direcção, tais como pode ver nesta notícia de 2ª feira, dia 30 de Maio
(veja a notícia aqui), parece-me importante reflectirmos realmente sobre o nosso
estilo de vida. Contudo, o objectivo deste artigo não é mostrar que é
importante ir para o ginásio ou correr e tornarmo-nos super saudáveis. O meu
principal objectivo com este artigo, é conseguirmos reflectir sobre a
importância da actividade física no nosso dia-a-dia e de que forma podemos
fugir ao sedentarismo, apesar de alguns de nós nunca termos sido pessoas muito
dadas ao desporto.
Antes de mais, temos que perceber se acreditamos em
determinados mitos sobre o exercício físico e apercebermo-nos que nos podem
estar a dificultar em ter uma vida mais saudável. E sim, não são verdade!
Exemplos desses mitos: - O exercício cansa muito, - É preciso ter muito tempo
para se fazer exercício, - Com idade mais avançada tem que se fazer menos
exercícios, - É preciso ter tendência atlética para se fazer exercício.
Depois de desconstruirmos esses mitos, é essencial pensarmos
como são as nossas dinâmicas diárias e de que forma as podemos adaptar para que
sejam ligeiramente mais saudáveis. Existem muitas pequenas coisas que podem ser
feitas, sem alterar o nosso dia-a-dia, mas tornando-nos pessoas mais activas.
Pense que todas as tarefas são uma desculpa para nos mexermos.
Tente introduzir pequenos
movimentos nas suas actividades de vida diária:
- Preferir escadas a elevadores,
- Andar mais a pé (na utilização dos transportes públicos,
descer uma paragem antes ou deixar o carro mais longe),
- Se puder, fazer percursos de bicicleta,
- Saltar à corda,
- Lavar o carro manualmente e encerá-lo,
- Lavar as janelas ou o chão,
- Ao precisar de falar com um colega que está num outro andar
ou departamento, porque não falar-lhe pessoalmente, em vez de lhe telefonar ou
enviar um email?
- Quando se estiver muito tempo sentado, levantarmo-nos e nem
que seja ao irmos à casa de banho (ou em casa entre cada tarefa) porque não
colocar a música favorita e dançar?
- Se fazemos uma ou duas pausas para beber um café, talvez
possamos aproveitar para caminhar um pouco mais até uma máquina mais distante,
ou até ao café mais próximo.
À medida que nos vamos tornando mais activos com a prática
desta actividade física, vamos ganhando mais energia e resistência, uma melhor
auto-imagem, um maior controlo do nosso peso e reduzimos o risco de diversas
doenças.
E que tal escrever já hoje as pequenas mudanças que se vê
capaz de introduzir no seu dia? Pense em si e na sua saúde! E seja criativo!
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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