Maurits Cornelis Escher foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras e litografias que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e metamorfoses – padrões geométricos que se transformam em formas completamente diferentes. Este gráfico holandês é, sem dúvida, um dos criativos modernos que é mais frequentemente abordado para questões psicológicas.
Não se pode negar que as suas obras evocam uma certa sensação de curiosidade e inquietação. Certamente, Escher sabia disso e usava esse efeito perturbador. O paradoxo estava presente constantemente. Ele usou a distorção e a vertigem ao utilizar o mais racional e ordenado dos produtos da mente humana: a geometria.
Normalmente, os seus desenhos são questionados quando se trata de ilusões ópticas, e de processos envolvidos na percepção visual com referências explícitas aos estudos de Psicologia da Gestalt. No entanto, o interesse psicológico que despertam as suas litografias vai muito além da curiosidade relacionada ao fenómeno das ilusões. O uso consciente de poliedros, relações geométricas e distorções, visando provocar um efeito paradoxal, foi notado e apreciado pelos pensadores do século passado, mas suscitam ainda um grande interesse na actualidade.
Fica aqui a sugestão de verem a exposição de Escher em Lisboa, no Museu de Arte Popular, até dia 27 de Maio.
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.