domingo, 22 de julho de 2018

Como desligar do stress durante as férias




O Verão é para muitos sinónimo das tão desejadas férias, período de lazer e descanso, sonhado ao longo do ano e que se constituí como uma necessidade orgânica para parar da correria desenfreada do dia-a-dia.
Pessoas que passam anos sem tirar férias, correm o risco de atingir um  desgaste físico e psicológico de tal ordem elevado, que acabam por desenvolver quadros de burnout, caracterizados por sintomas de depressão, dores de cabeça, alterações do sono, dificuldades de atenção, concentração e raciocínio. 
Parar para o devido descanso é não só um direito merecido mas também uma condição essencial para a nossa saúde mental que não devemos descurar. No entanto, muitos são aqueles que mesmo de férias, não conseguem tirar o devido proveito porque simplesmente não conseguem desligar da rotina e do stress. Para isso, importa desde logo planear as férias, reservando um período mínimo de duas a três semanas de pausa, que permita dar ao organismo o tempo necessário para se adaptar a uma mudança no ritmo e desacelerar, usufruindo do descanso devido.
Resolver antecipadamente problemas pendentes de ordem prática, como contas por pagar, e não alimentar preocupações com o trabalho são fatores essenciais para se conseguir relaxar. Continuar a atender telefonemas e a responder a e-mails de trabalho representa uma sobrecarga que pode traduzir-se em alterações de humor, irritabilidade, dores de cabeça constantes ou mal-estar, sendo preferível o aviso de ausência no email. Outro aspeto importante,  é procurar sair da rotina do dia-a-dia e introduzir o factor novidade, tal como ir para outro lugar ou fazer uma atividade diferente. Uma mudança de contexto facilita também uma mudança das respostas habituais, eliminado o stress e promovendo o bem estar.
Quando paramos e desligamos o piloto automático das obrigações diárias, mais facilmente podemos entrar em contacto com o nosso eu interior e assim fazer balanços, redefinir prioridades, sem perder o nosso rumo e sentido de vida. É neste espaço e tempo que se abre para nós, que podemos avaliar com mais clareza e perspetiva o ponto em que nos situamos na vida e entrar em contacto com novas ideias e formas de concretizá-las que nos podem trazer realização pessoal e satisfação. O cérebro mais descansado é mais criativo, produtivo e promotor de um maior bem estar. Dedicar momentos das férias a atividades prazerosas com as pessoas de quem gostamos é também fundamental, assim como não descurar a nossa saúde, nomeadamente ter horas de sono suficientes, fazer uma alimentação saudável e manter atividade física para aliviar tensões.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Do cansaço ao Burnout

Cada vez se fala mais de burnout. Burnout não é uma depressão, não é uma desmotivação, não é apenas ansiedade...

O que é afinal o burnout?

burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental, causado pelo envolvimento duradouro em situações de grande exigência emocional no local de trabalho. Estas exigências são geralmente causadas pelas expectativas elevadas, juntamente com o stress situacional crónico. Instala-se a partir do stress no trabalho, quando o indivíduo se confronta com o desfasamento entre as expectativas e as motivações pessoais e profissionais, e os recursos que o trabalho disponibiliza para as satisfazer. Afecta geralmente os profissionais que trabalham em contacto directo com pessoas, sendo predominante nos profissionais de saúde. Um dos factores de desgaste físico e psicológico que afecta directamente a Qualidade de Vida dos trabalhadores na área da saúde é o acumular de dois ou mais vínculos profissionais.

burnout caracteriza-se por:

(1) Exaustão emocional - a pessoa sente essa exaustão, física e psíquica, sob a forma de uma fadiga no trabalho, de uma sensação de vazio e de uma dificuldade em lidar com as emoções do outro, de tal forma que o trabalhar com algumas pessoas se torna cada vez mais difícil. Esta fadiga emocional pouco ou nada melhora com o repouso. Podem observar-se explosões emocionais como crises de fúria, mas também dificuldades de concentração, marcadas por esquecimentos;

(2) A desumanização da relação com o outro - é uma consequência directa da exaustão, dado que quando as emoções se tornam muito intensas e criam desconforto, tenta-se colocá-las de parte. É marcado por um desligamento emocional que se assemelha a cinismo. O trabalhador em burnout faz um uso abusivo e constante do humor irónico e negro, que se torna o seu modo de diálogo diário;

(3) O sentimento de insucesso profissional é consequência dos dois planos anteriores, esta diminuição da realização pessoal é vivida dolorosamente. Pode expressar-se em sequência da sensação de não se ser eficaz, de já não se fazer um bom trabalho e de se estar frustrado relativamente ao sentido que antes se dava à profissão. Surge então a culpabilidade, a desmotivação, a auto-desvalorização.

Inúmeros trabalhos expressam o burnout como um importante problema individual, organizacional, com impacto negativo ao nível da saúde (ex.: ansiedade e depressão) e do desempenho profissional (ex.: absentismo com ou sem justificação e projectos em mudar de profissão).

O primeiro passo para prevenir ou tratar o burnout passa por estar atento aos sinais de alerta e procurar ajuda de um especialista.

Esteja atento, pela sua saúde!

Texto integral emhttp://hdl.handle.net/10451/20658

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

domingo, 8 de julho de 2018

“Jim Carrey: I Needed Color” – Como a arte ajudou Jim Carrey a superar a depressão



No mini-documentário de 6 minutos, Jim Carrey: I needed color, o ator fala sobre depressão e arte e conta como a pintura o ajudou a superar a doença, afirmando que “eu não sei o que a pintura me ensina, mas sei que me liberta. Liiberta-me do futuro, liberta-me do passado, liberta -me do arrependimento, liberta-me da preocupação.
O vídeo, que já  conseguiu atingir 6 milhões de telespectadores, é carregado de sensibilidade e mostra um Jim Carrey reveladoramente humano que, há cerca de seis anos, sentiu a necessidade de se expressar pela arte, quando procurava “curar um coração partido” e mergulhar nos seus sentimentos sem se afogar nas mágoas.
Ficamos a conhecer outra face do artista que fez carreira a provocar o riso enquanto lutava contra os demónios interiores de uma depressão.
Neste mini-documentário o ator revela a inspiração dos tempos de infância, de pobreza, isolado no seu quarto, a ler poesia e outras razões que o ajudam a compor as suas criações.
A depressão, que atualmente atinge mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), é assim contornada por meio dos pincéis e das cores pelo astro do cinema.
A arte é reconhecida como um meio terapêutico, uma via importante para externalizar as emoções, compreende-las e superá-las.