terça-feira, 29 de março de 2016

Bem-me-quero, mal-me-quero... Como aumentar a minha Autoestima?

Todos nós temos uma opinião sobre nós próprios e é essa forma como nos vemos que está na base da autoestima. A autoestima é a avaliação que fazemos sobre nós, envolvendo crenças, emoções e comportamentos. É a capacidade que temos em nos respeitarmos, confiar e gostarmos de nós.

A autoestima não é estática nem fixa, pode crescer ou empobrecer.

Quando somos crianças, os nossos modelos, ou seja as pessoas que nos cuidam e educam (pai, mãe, avós, tios), são o que temos de mais importante, e a opinião destas pessoas, a forma como nos tratam, as relações estabelecidas e a forma como sentimos os afectos ou críticas, vai influenciar, e em muito, na construção da nossa autoimagem, a forma como nos vemos. Desta forma, o que vivemos no passado vai influenciar na autoestima durante a fase adulta. Contudo, ao nos irmos apercebendo que temos tendência para termos pensamentos negativos sobre nós, duvidamos das nossas capacidades, culpabilizamo-nos com frequência, aí sim, temos a possibilidade e a capacidade de melhorar a nossa autoestima. Porque tal como referi em cima, a autoestima não é estática nem fixa, portanto, pode crescer ou empobrecer.

A maneira como nos vemos pode variar dependendo da situação em que nos encontramos e ao longo da nossa vida, consoante as diferentes experiências que vivemos. É fundamental ter em conta que ninguém consegue estar totalmente satisfeito e feliz com a pessoa que é, sempre; termos uma boa autoestima não significa que somos confiantes em todos os momentos.

Quando temos uma baixa autoestima temos pouca confiança em nós e desvalorizamo-nos. Temos uma tendência em nos focar nos aspetos mais negativos, nos erros que cometemos, culpamo-nos do que acontece, não nos sentimos amados e podemos até achar que não merecemos que alguém goste de nós. A baixa autoestima, por si só, não constitui um problema de saúde mental, mas aumenta a possibilidade de desenvolvermos depressão, ansiedade, fobias, perturbações de comportamento alimentar e adições, tal como vivermos relações de dependência, por sentirmos que precisamos de alguém sempre ao nosso lado. A autoestima influencia nas escolhas que fazemos ao longo da vida, na área profissional, como na área relacional.

Então, como posso aumentar a minha autoestima?
Uma boa autoestima permite-nos ver os nossos pontos positivos, sentimo-nos confiantes e seguros, aceitamos errar e aprender com os erros, somos assertivos e cuidamos de nós.
  1. Gaste 5 minutos do seu dia e pense nas coisas boas que fez hoje. Não desista até escrever 3 a 5 actividades / tarefas /atitudes, que se sinta orgulhoso e que tenha apreciado.
  2. Experimente elogiar-se pelas pequenas vitórias. Se tem a tendência de valorizar apenas os grandes momentos, insista em pensar também nessas pequenas, mas igualmente importantes aprendizagens / vitórias.
  3. Tente controlar a censura, a crítica permanente, a desvalorização e a comparação com os outros, que apenas contribuem para a destruição da autoestima. Cada pessoa é um ser único, todos cometemos erros e todos fazemos coisas bem feitas. Procure as coisas que fez bem feitas e valorize isso, valorize-se por isso.
  4. Seja exigente consigo, mas crie metas realistas. Imaginar uma escadaria pode ajudar, por exemplo, ao criar um objectivo como se tratasse do final das escadas, mas definir pequenos objectivos para cada degrau. Assim, cada dia, após cada degrau sente que se concretizou um objectivo. Lembre-se que o perfeccionismo é um grande inimigo da felicidade.
  5. Tente procurar valorização do que faz e do que é, não apenas nas outras pessoas, mas essencialmente procurar coisas em si que aprecia e que valoriza.
    Calvin and Hobbes
    Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
    T

segunda-feira, 28 de março de 2016

Como podem os Pais aliviar a ansiedade dos seus Filhos em relação à escola?

Em plenas férias da Páscoa, é tempo agora para os alunos descomprimirem da maratona de testes e trabalhos escolares que antecedeu a interrupção letiva.
Efetivamente a ansiedade e o stress não são uma realidade exclusiva dos adultos, também os jovens se debatem com desafios e exigências no seu quotidiano, quer sejam matérias complexas, professores, cargas horárias ou até a necessidade de tirarem boas notas. E se a existência de uma ansiedade moderada é positiva e funciona como uma fonte de energia que ajuda o jovem a mobilizar-se para os seus objetivos, já a ansiedade excessiva torna-se disfuncional e bloqueadora, levando o jovem a sentir-se incapaz de atingi-los. Neste último caso, é frequente encontrarmos quadros de preocupação crónica, queixas de dores sem causa aparente, oscilações bruscas de humor, irritabilidade, alterações bruscas do sono ou mesmo recusa em ir para a escola.
O alívio da pressão é fundamental e os pais podem ter aqui um papel fundamental, na medida que desde logo se constituem como modelos de referência e como tal podem ensinar os seus filhos a combater o stress sendo um exemplo disso.
A moderação das expetativas dos pais é outro dos aspetos a ter em conta, na medida em que posturas muitos perfecionistas e voltadas para os resultados, podem promover o desenvolvimento de quadros de ansiedade aliados a sentimentos de insuficiência e incapacidade por parte dos filhos. As crianças são muito sensíveis às expetativas dos pais e têm uma grande necessidade de cumpri-las para se sentirem amadas e fazerem os pais felizes. Quando a criança chega a casa com um resultado negativo e tal não é bem recebido, havendo uma sobrevalorização da falha em vez do sucesso, tal conduz à interiorização de um sentimento de desvalia e incompetência por parte da criança, com prejuízo ao nível da sua auto-estima. Os resultados negativos deveriam ser encarados como oportunidades de aprendizagem no percurso de vida da criança e não como oportunidades de culpabilização e crítica.
No sentido de atenuar a pressão e a ansiedade dos jovens, é muito importante o estabelecimento de uma rotina por parte dos pais na medida em que tal é organizador e transmite segurança e tranquilidade.  Na rotina diária tem de ser contemplado tempo livre de brincadeira, atividade e lazer, não esquecendo que no mínimo o jovem deve dormir cerca de 8 horas. Em fase de exames pode ser útil o recurso a um calendário ou agenda, com as suas rotinas, tendo em conta que nas maratonas de estudo importa o estabelecimento de pausas para o corpo e a mente recuperarem. A prática de exercício físico é importante na medida em que a ansiedade é canalizada para o esforço físico, bem como o recurso de exercícios de relaxamento.



sexta-feira, 25 de março de 2016

Resiliência para tempos difíceis


O tema de hoje surge porque nem sempre precisamos viver determinada situação para que ela faça parte da nossa vida, e soframos com ela. Porque a exposição indirecta a situações traumáticas pode ser efectivamente traumatizante. E porque acredito que podemos escolher fazer de todos os momentos, momentos de aprendizagem... Mesmo (principalmente?) estes momentos que vivemos actualmente. Partilho, então, convosco algumas sugestões da Associação Americana de Psicologia que procuram ajudar a criar resiliência para lidar com a exposição indirecta a situações de terror.
  
Os actos de terrorismo são propositadamente concebidos para assustar as pessoas e fazê-las temer pela segurança das suas comunidades e dos seus entes queridos. Os incidentes são aleatórios, imprevisíveis, intencionais e têm frequentemente como alvo indivíduos indefesos. Quando estes eventos ocorrem, é habitual poder sentir-se ansioso e preocupado com o futuro.
Tomar medidas para desenvolver a resiliência – a capacidade de nos adaptarmos adequadamente a mudanças e situações inesperadas – pode ajudar as pessoas a gerir a angústia e a incerteza. Muitas dessas medidas são ingredientes essenciais para um estilo de vida saudável, e adoptá-las pode melhorar de uma forma geral o seu bem-estar físico e emocional. Assim, após eventos traumáticos, é importante aproximar-se dos outros e desenvolver empatia. Pode também ser uma oportunidade para aprender mais – descobrir o que mais o assusta e depois obter informações acerca deste tipo de situações – e agir mais – usar a informação para se preparar para o futuro, fazer planos para dar resposta e participar activamente na comunidade.

Para Promover a Resiliência…
Faça uma pausa das notícias. Assistir às infindáveis reportagens sobre o ataque pode aumentar ainda mais o seu stress. Ainda que queira manter-se informado – especialmente se tiver entes queridos afectados pelos acontecimentos – faça uma pausa nos noticiários. Procure ser particularmente sensível à exposição das suas crianças, e esteja preparado para responder a questões que elas tenham acerca de como ou por que estes eventos aconteceram.
Ponha as coisas em perspectiva. Apesar de os acontecimentos trágicos acontecerem, eles são relativamente raros. Lembre-se que os órgãos e organizações governamentais têm planos definidos para evitar ataques e manter a segurança nacional. Coisas más podem acontecer, mas é importante apreciar as muitas coisas que são fonte positiva de bem-estar e força.
Tenha um plano. Ter um plano de emergência irá proporcionar-lhe uma maior sensação de controlo e fazê-lo sentir-se preparado para o inesperado. Estabeleça um plano claro de como você, a sua família e amigos irão agir e contactar-se em caso de crise, e para quem deverão ligar em caso de emergência (ou mesmo especificar um local onde se encontrarem se não conseguirem entrar em contacto com ninguém por telefone).
Mantenha-se ligado. Manter as redes e actividades sociais, tanto pessoalmente como por via electrónica, pode garantir uma sensação de normalidade, e proporcionar valiosos momentos de escape para partilhar sentimentos e aliviar o stress. Aceitar ajuda e suporte daqueles que se preocupam consigo e que irão ouvi-lo pode fortalecer a sua resiliência.

Construir a sua resiliência pode ser uma parte importante para se preparar para o inesperado, uma vez que é uma ferramenta psicológica que nos pode ajudar a lidar com a ansiedade e o medo. Se se sente bloqueado, “sem saída”, ou sobrecarregado e incapaz de usar as dicas listadas acima, considere a possibilidade de falar com alguém que o possa ajudar, como um psicólogo ou outro profissional de saúde mental. Recorrer a alguém para orientação pode ajudá-lo a fortalecer a sua resiliência e a perseverar em tempos difíceis.

Texto traduzido e adaptado a partir do original “Building resilience to manage indirect exposure to terror”, disponível em http://www.apa.org/helpcenter/terror-exposure.aspx


Ana Luísa Oliveira escreve de acordo com a antiga ortografia.

terça-feira, 22 de março de 2016

Queimar até à exaustão? O que é afinal o Burnout?

Cada vez se fala mais de burnout, sobretudo nos médicos e enfermeiros dos hospitais. O que é afinal o burnout?

burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental, causado pelo envolvimento duradouro em situações de grande exigência emocional no local de trabalho. Estas exigências são geralmente causadas pelas expectativas elevadas, juntamente com o stress situacional crónico. Instala-se a partir do stress no trabalho, quando o indivíduo se confronta com o desfasamento entre as expectativas e as motivações pessoais e profissionais, e os recursos que o trabalho disponibiliza para as satisfazer. Afecta geralmente os profissionais que trabalham em contacto directo com pessoas, sendo predominante nos profissionais de saúde. Um dos factores de desgaste físico e psicológico que afecta directamente a Qualidade de Vida dos trabalhadores na área da saúde é o acumular de dois ou mais vínculos profissionais.
burnout caracteriza-se por:
(1) Exaustão emocional - a pessoa sente essa exaustão, física e psíquica, sob a forma de uma fadiga no trabalho, de uma sensação de vazio e de uma dificuldade em lidar com as emoções do outro, de tal forma que o trabalhar com algumas pessoas se torna cada vez mais difícil. Esta fadiga emocional pouco ou nada melhora com o repouso. Podem observar-se explosões emocionais como crises de fúria, mas também dificuldades de concentração, marcadas por esquecimentos;
(2) A desumanização da relação com o outro - é uma consequência directa da exaustão, dado que quando as emoções se tornam muito intensas e criam desconforto, tenta-se colocá-las de parte. É marcado por um desligamento emocional que se assemelha a cinismo. O trabalhador em burnout faz um uso abusivo e constante do humor irónico e negro, que se torna o seu modo de diálogo diário;
(3) O sentimento de insucesso profissional é consequência dos dois planos anteriores, esta diminuição da realização pessoal é vivida dolorosamente. Pode expressar-se em sequência da sensação de não se ser eficaz, de já não se fazer um bom trabalho e de se estar frustrado relativamente ao sentido que antes se dava à profissão. Surge então a culpabilidade, a desmotivação, a auto-desvalorização.
Inúmeros trabalhos expressam o burnout como um importante problema individual, organizacional, com impacto negativo ao nível da saúde (ex.: ansiedade e depressão) e do desempenho profissional (ex.: absentismo com ou sem justificação e projectos em mudar de profissão).

O primeiro passo para prevenir ou tratar o burnout passa por estar atento aos sinais de alerta e procurar ajuda de um especialista.

Esteja atento, pela sua saúde!

Texto integral emhttp://hdl.handle.net/10451/20658

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

segunda-feira, 21 de março de 2016

"Changes" David Bowie

Recordar David Bowie reenvia-nos para a imagem de uma figura marcante, que renasceu e se reinventou vezes sem conta, despertando-nos para a importância da transformação e da mudança na construção do nosso ser.
Em “Changes” (“Mudanças”), Bowie fala-nos precisamente da importância do desafio e da mudança, na medida em que tal nos lança de novo para um sentimento vital de renovação e de entusiasmo pela vida. A ideia que o tempo urge e que a vida é demasiado curta para nos distrairmos dela, traz-nos o foco para o essencial.  Importa estarmos atentos à nossa criança interna, é o seu olhar curioso que nos guia  à descoberta daquilo que é novo e diferente e dessa forma nos permite construir e desconstruir as “nossas verdades”.
Bowie não deixa esquecer que o verdadeiro prazer está no caminho que se percorre na busca das nossas concretizações, atestando um sentimento de insatisfação permanente, que o leva a procurar incessantemente novos rumos, a desconstruir caminhos antigos e assim a descobrir novas facetas de si próprio, chegando a uma identidade única, criativa e diferente.

Podemos dizer que Bowie primou sempre por uma rigorosa disciplina para ser até ao fim um espírito livre, o que não é tarefa fácil para a maioria de nós, sobretudo quando ainda nos mantemos muito dependentes do que o exterior espera de nós e amarrados à ideia que a felicidade reside na permanência quando na realidade a construção do nosso ser só pode acontecer através do exercício da transformação e da criatividade.


sexta-feira, 18 de março de 2016

Deixar para amanhã o que se tem para fazer hoje... ou a arte de Procrastinar

 

A dificuldade que tenho na dicção da palavra (pro.cras.ti.na.ção) leva-me por vezes a evitar (ou adiar) dizê-la. Mas, na verdade, quantas vezes não adiamos sucessivamente algo que temos para fazer, sentindo-nos culpados por estarmos a adiar?
Podemos achar que estamos simplesmente a ser preguiçosos, outros poderão dizer-nos que nos falta empenho ou capacidade para gerir o nosso tempo. Procratinar é mais complexo do que isso.
Muitos de nós, já experimentámos passar um dia entre amigos quando tínhamos um exame no dia seguinte, ou um prazo importante para cumprir. Mas sentimo-nos culpados por não estarmos a estudar ou a realizar a tarefa que tínhamos pendente, ou por termos gasto o tempo “precioso” para a completar? Ou, por outro lado, conseguimos efectivamente relaxar, descontrair, e, até, ganhar algum ânimo ou motivação para trabalhar posteriormente?
Quase todos adiamos, por vezes, algumas coisas. E isso pode dar-nos uma sensação de alívio imediato. Mas, se, a médio ou longo prazo, percebemos que há um mal-estar relativamente ao que se adiou, um sentimento de culpa que fica, isso poderá indicar-nos que estamos, na verdade, a procrastinar. Para além da culpa, e das consequências adversas por não se realizar a tarefa, a procrastinação parece conduzir, também, a uma baixa sensação de auto-eficácia, a inadequação, incerteza, ansiedade, autodepreciação, depressão...
Muitos factores parecem contribuir para a procrastinação. Não é por se ser preguiçoso que se procrastina. Muitas pessoas referem que adiam determinada tarefa por não se sentirem na “disposição certa” para a completar. Assumido este adiamento, acabam por se distrair com actividades de menor prioridade, como ver o email, ler as notícias, arrumar o espaço envolvente... Quando dão conta, sentem-se culpadas por terem desperdiçado tanto tempo, o que piora ainda mais a “disposição” para realizar a tarefa, e ficam a sentir-se pior do que se sentiam antes de a terem interrompido ou adiado.

Para parar de procrastinar parece ajudar perceber porque se procrastina. As causas podem ser internas, como as nossas atitudes, crenças e pensamentos, ou externas, mais relacionadas com a relação que temos com os outros.

quarta-feira, 16 de março de 2016

A importância de nos fazermos entender

O ser humano além da parte física e da psicológica, também tem uma parte social. Somos seres sociais e necessitamos de comunicar. A comunicação é o processo pela qual trocamos informações, questionamos, partilhamos os nossos pensamentos e emoções. No meio profissional, mas também no ambiente familiar, conjugal e social, é essencial uma boa comunicação, para facilitar o desenvolvimento de relações saudáveis e evitar desentendimentos.
Uma boa comunicação não é uma linguagem com palavras bonitas e caras. O ser-se compreendido de forma eficaz só é possível através de uma boa comunicação, e essa habilidade é possível a todos.
Então, quais são os aspectos a que devemos estar mais atentos para nos fazermos entender?
- Ter clara a ideia do que se quer partilhar, para se ser o mais claro possível na mensagem que se quer transmitir.
- Tentar focar-se no tema de conversa e não ir buscar outras coisas, mesmo que estas estejam relacionadas, podem ajudar a que nos desviemos do principal.
- Ter o objectivo bem definido e certificarmo-nos que as outras pessoas recebem a informação que queríamos passar.
- Tornar o implícito em explícito. Só porque achamos que algo é óbvio, não significa que para a outra pessoa também o seja.
- Dar atenção à linguagem não verbal (a linguagem corporal e o tom de voz têm um enorme peso na comunicação), e tentar ser coerente com o que se diz e como se diz. Não adianta estarmos a utilizar palavras simpáticas se a nossa postura é agressiva.
- Não falar apenas, mas dar espaço para ouvir o outro (é essencial para perceber se a outra pessoa nos está a compreender).
- Saber ouvir é também saber comunicar. Quando a outra pessoa fala, ouvir realmente o que está a dizer, sem interromper. Uma escuta activa e empática ajuda bastante e quando não entendemos algo, questionamos no final.
- Aceitar as críticas da outra pessoa sem nos colocarmos na defensiva. Mesmo que a crítica não seja fácil de ouvir, é importante entender o que pensa e sente a outra pessoa, apenas assim se podem resolver os problemas.
- Aceitar as diferenças. As pessoas são diferentes e é essencial aceitar que cada pessoa vê e sente de forma diferente. Se não é possível chegar a um acordo, é importante tentar chegar a um entendimento mútuo onde se respeitam ambas as partes.

Todos somos diferentes, não vamos pensar exactamente o mesmo sobre os diversos temas. Saber ouvir, saber aceitar as diferenças e demonstrar respeito pelas críticas é essencial para uma comunicação saudável e, desta forma para relações saudáveis.

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Dia do Pai

No próximo sábado, dia 19 de Março, assinala-se o Dia do Pai e se esta figura assumiu durante várias décadas um papel secundário e menos relevante para a Psicologia no que respeita ao desenvolvimento das crianças, atualmente essa perspetiva está completamente ultrapassada, sendo reconhecida de forma cabal a importância da relação entre pai e filhos.
Desde a gestação que o pai tem um papel fundamental no acompanhamento e suporte emocional à mãe no que respeita à transmissão de segurança e tranquilidade, garantindo assim que a criança receba esses estímulos na barriga da mãe.
A presença de uma figura paterna - que não precisa de ser necessariamente o pai biológico mas alguém que exerça esta função no seio da família - é importante para a estruturação do psiquismo da criança, uma vez que a presença paterna é diferente e complementar à materna, na qual os dois assumem o papel de autoridade e dos afetos, contribuindo para uma maior flexibilidade mental e adaptativa da criança.
O envolvimento da figura paterna, a sua participação ativa na vida da criança e a proximidade emocional com ela, condicionam o seu desenvolvimento intelectual, emocional e social, promovendo a segurança,  auto-estima, resistência às frustrações e autonomia.

Apesar das estruturas familiares terem vindo a sofrer modificações ao longo do tempo, a importância da figura paterna na vida de uma criança mantém-se, pelo que importa alimentar os laços de afinidade, cumplicidade e confiança e dispor do tempo necessário para que isso seja possível. 

quinta-feira, 10 de março de 2016

Ana Luísa Oliveira



O processo terapêutico começa como que uma dança... procuro escutar a melodia, descobrir-lhe os tons e os ritmos, ir experimentando passos diferentes, encontrar os movimentos do outro, entrar nos tempos que me traz. E, aos poucos, começamos a construir um bailado... sempre único. É uma dança única de auto-conhecimento para a pessoa que me procura, mas também uma descoberta para mim acerca do outro e de mim mesma.

“Ora vê: por enquanto tu não és para mim se não um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti...” (in O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry).

quarta-feira, 9 de março de 2016

Joana de São João Rodrigues


Quando somos confrontados com situações inesperadas, quando vivemos algum momento impactante, quando estamos a iniciar uma nova fase de vida ou por vezes sem percebermos bem o porquê, podem surgir alterações em nós próprios. Essas alterações podem-nos criar sofrimento, angústia e mal-estar. Todos nós merecemos a oportunidade de optar e de decidir pelo que nos faz sentir bem, sem condicionamentos. Um bem-estar psicológico é essencial para um bem-estar global e para uma vida plena e harmoniosa. Uma pessoa vai muito além dos seus problemas e dificuldades. O que me proponho a fazer com quem me procura é acompanhá-lo no processo de descoberta de si, das suas vulnerabilidades e especificidades. Acredito nas potencialidades de cada pessoa e na importância da exploração de novas perspetivas para que seja cada vez mais capaz de regular as suas necessidades psicológicas e, assim, encontrar o seu equilíbrio emocional.

terça-feira, 8 de março de 2016

Joana Valério




Não raras vezes a vida coloca-nos desafios e vicissitudes que abalam o nosso equilíbrio emocional e a sua restauração nem sempre é fácil. Nesta viagem a dois, que é a psicoterapia, proponho-me acompanhá-lo no resgate das suas potencialidades e da sua capacidade transformadora através de um processo de autoconhecimento e de descoberta de novos sentidos que abra a possibilidade para uma relação revitalizada e mais autêntica consigo e com os outros, assim como para o reencontro com a sua alegria de viver e criatividade.

segunda-feira, 7 de março de 2016

A Equipa



Depois de vos termos anunciado com entusiasmo o nascimento da ClaraMente no dia 1 de Março, e de termos passado esta primeira etapa a "arrumar a casa", ao longo desta semana iremos apresentar os membros da nossa equipa. Assim, entre a próxima 3ª e 5ª feira, as nossas psicólogas irão partilhar os seus testemunhos, em que nos dão a conhecer a sua visão e atitude em relação à psicoterapia.

Desejamos a todos uma boa semana, com clareza para sentir, pensar, decidir e ser feliz.

A equipa da ClaraMente.

terça-feira, 1 de março de 2016

Abertura da ClaraMente


Sejam bem vindos ao blogue da ClaraMente.

Somos uma equipa de psicólogas clínicas, formadas e certificadas, e acreditamos que todas as pessoas têm o direito de se sentirem em harmonia e satisfeitas com a sua vida. Na ClaraMente propomo-nos melhorar a sua qualidade de vida e a sua saúde mental, através de um acompanhamento psicológico profissional e competente.
O nosso site encontra-se em: http://www.claramente.pt/
E este nosso blogue destina-se a partilhar artigos de opinião, reflexões das nossas psicólogas. 
Esperamos que se sintam à vontade de partilhar as vossas opiniões e sugestões e estaremos sempre disponíveis para dúvidas e questões.
A equipa da ClaraMente.