Quantas vezes nos apercebemos que em
determinadas situações não conseguimos estar em contacto com a nossa voz
orientadora... e que apesar de nos apercebemos disso seguimos, meios perdidos,
no emaranhado do ruído?
Quantas vezes nos apercebemos que
tomámos determinadas decisões, sem termos realmente contactado com a nossa
verdadeira voz orientadora / vontade real?
Nunca? Algumas vezes? Muitas vezes?
Provavelmente, quem se apercebeu ter
passado por isso, também talvez se tenha apercebido, que quando nos permitimos
aguardar por um silêncio, que permita ouvirmos a nossa voz orientadora, a nosso
decisão é sentida de forma mais intensa, mais genuína, mais nossa. Quando nos
permitimos estar em contacto com essa nossa parte, e conseguimos diminuir o
volume do ruído (outras opiniões de outras pessoas, a voz do nosso medo...),
seguimos com mais certezas, mesmo que tropecemos no passo seguinte! Mas a
sensação de “é isto que quero, é isto que eu preciso, é esta o caminho que me
faz sentido agora!”, só surge quando realmente vamos conseguindo colocar o
nível do som, adequado. Quando nos conseguimos ouvir!
Em determinadas fases, podemos andar
mais focados no trabalho, na concretização de determinados objectivos, e
entramos em piloto automático, onde o ruído é ensurdecedor, e simplesmente
vamos fazendo, vamos seguindo... É essencial libertarmo-nos do ruído que nos
consome e para isso, permitirmo-nos ter o nosso momento de introspecção
torna-se uma necessidade.
E para conseguirmos perceber o que é
ruído:
- Pensamos mais no que estamos a
sentir e no que nos faz sentir feliz ou no que achamos que as pessoas vão
pensar? Pensamos mais nos nossos sonhos e no que eu quero atingir ou no que
achamos que os outros esperam de nós?
O primeiro passo é conseguirmos
identificar a nossa voz, a nossa vontade e o ruído. Para de seguida,
conseguirmos cada vez mais ir ajustastando esse volume... e definirmos a
melodia que queremos para nossa companheira de viagem!
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.