terça-feira, 27 de março de 2018

O Principezinho

Le Petit Prince, também conhecido como O Principezinho ou O Pequeno Príncipe é uma obra do escritor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry, publicada pela primeira vez em 1943.

O Principezinho é um dos livros mais traduzidos e lidos em todo o mundo. A história de um rapazinho com cabelos cor de ouro e de um piloto perdido do deserto vai encantando geração atrás de geração. Só um coração puro e cheio de alegria pela vida é que conseguiria expressar, de forma tão terna, um dos laços mais importantes da existência: o amor. 

O sonho de voar, de ultrapassar os limites do espaço onde nasceu, de ver novos lugares e novas gentes está presente na essência do ser humano. Mas saber ver em cada coisa, em cada pessoa, aquilo que a define como especial, como única no mundo... podemos aprender com esta obra simples mas fascinante de Saint-Exupéry.

Uma história intemporal destinada a todas as crianças: as que ainda o são, as que já o foram um dia e as que nunca deixarão de o ser.

Até 29 de Abril, encontra-se a adaptação do Principezinho em espectáculo musical no Teatro da Trindade, em Lisboa.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Recordando Berry Brazelton - um herói para bebés, crianças e famílias



No passado dia 13 de Março, morreu Berry Brazelton, o médico que mais revolucionou a pediatria na era moderna – um herói para bebés, crianças e famílias.
Autor da obra "O Grande Livro da Criança", traduzida em Portugal, Berry Brazelton foi capaz de reformular a pediatria, chamando a atenção para as competências das crianças e para as potencialidades dos pais, deixando de lado uma «medicina» que se concentrava apenas nas patologias.
Brazelton foi criador do modelo Touchpoints — seguido e implementado em Portugal pelo pediatra Gomes-Pedro, que criou a Fundação Brazelton/Gomes-Pedro — segundo o qual o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes se faz através de momentos-chave, os tais touchpoints, que são patamares no crescimento e desenvolvimento aos quais se deve dar especial atenção. 
Este modelo assenta no pressuposto que são os pais os maiores conhecedores dos seus bebés e que os especialistas devem estar presentes para dar aconselhamento técnico e para apoiar os progenitores, passando-lhes a ideia de que eles têm as ferramentas necessárias para criarem os seus filhos. Trata-se de abandonar o “modelo patológico”, em que o profissional de saúde apenas realiza exames físicos, para praticar um modelo “relacional”.
Uma das grandes inovações do pediatria norte-americano foi a humanização da criança, o reconhecimento de que esta tem competências e desempenhos a partir do momento em que nasce, e também o reconhecimento das competências parentais.

terça-feira, 13 de março de 2018

A Leveza da Gratidão


Gratidão é um sentimento de reconhecimento, é sentirmo-nos agradecidos a alguém ou a uma situação.

Como é quando se sente grato? Se estiver totalmente atento ao seu corpo quando se sente grato, quais são as sensações? E se se focar nessas sensações? Como se sente? E se ficar durante uns minutos com essas sensações e com esse sentimento de gratidão, como se sente? E como é voltar à sua tarefa após este exercício? Quer experimentar?

Todos nós nos queixamos por algo, porque não nos sentimos valorizados no trabalho, porque o colega nos aborreceu, porque há demasiado trânsito e nos faz chegar atrasados, porque os filhos não fazem o que deviam, porque os pais não param de dizer o que era suposto fazer... Queixamo-nos porque gostaríamos que as coisas fossem um pouco ou muito diferentes, certo? Mas, e se procurarmos pensar também ao contrário? Quais são as coisas que eu tenho que valorizo? Quais são as coisas mais importantes na minha vida? A que é que me sinto grato? A gratidão permite sentirmo-nos cheios quando parece que não temos nada. Também nos dá paz quando somos capazes de ver quem faz parte das nossas vidas, apesar de pensarmos que estamos sozinhos.

Quando nos envolvemos com os pensamentos negativos sobre os temas que nos fazem queixar da vida, sentimo-nos frustrados e temos a sensação que não temos controlo na nossa vida. Mas se efectivamente não podemos mudar as coisas que não nos agradam, viver envolvidos nesses pensamentos e sensações desagradáveis, faz-nos viver centrados na parte menos positiva da nossa vida... Mas então e as coisas boas? Faz sentido desvalorizarmos as coisas boas que temos na vida? A olharmos para a parte positiva da vida, passamos a tomar mais consciência do que temos e isso ajuda a mudar o foco atencional.

Ao pensar naquelas pessoas que parecem estar sempre felizes e bem-dispostas, acha mesmo que essas pessoas não têm problemas? Tente perceber onde essas pessoas focam a sua atenção, acha que valorizam as coisas boas que têm ou as coisas menos boas?

A nossa vida está cheia de relacionamentos, momentos e situações que nem sempre são agradáveis. Há pessoas que nos magoam, relacionamentos que terminam, situações que nos criam mal-estar, tristeza e ansiedade. Às vezes temos que nos afastar das pessoas tóxicas para termos uma boa saúde mental. E se em vez de ficarmos irritados, agradecermos pelo tempo que essas pessoas nos acompanharam e pelo que elas nos ensinaram? Mesmo as pessoas que nos magoaram muito, permitiram-nos desenvolver recursos internos para lidar com a dor e com o sofrimento. Gostaríamos que as coisas tivessem sido diferentes? É possível. Mas na verdade crescemos, evoluímos e desenvolvemo-nos como pessoas ao ter passado por essa situação. Não podemos voltar atrás para não ter vivido essa mágoa, então que tal tentarmos retirar a aprendizagem dessa situação e sentirmo-nos gratos por essa aprendizagem? Quanto mais capazes formos de nos sentirmos gratos, melhor fechamos as feridas, perdoamos e esquecemos.

Não podemos agradecer apenas pelas coisas boas e esperar que as más desapareçam. É importante também pensar nas experiências e nas pessoas negativas como um caminho para melhorar. Quer as coisas boas, como as más oferecem motivos, conhecimentos e razões para continuarmos a demonstrar gratidão, por tudo. Naturalmente, vai-nos chegar à cabeça num primeiro momento a dúvida: - Como é que vamos agradecer por aquilo que nos fez mal? - É importante não esquecer que isso faz parte de viver e de crescer.

Viver num estado de gratidão é estar em harmonia com o que somos, saber agradecer é uma arte, que mesmo achando que não sabemos, podemos ir desenvolvendo. O apreciar das coisas simples, o apreciar dos pequenos momentos de alegria e agradecer por tudo o que vivemos e que temos, faz-nos sentir felizes. Ser grato é uma capacidade que, uma vez adquirida, transforma o nosso olhar sobre o mundo, sobre a vida, sobre as pessoas e sobre cada acontecimento. A capacidade de manter o olhar voltado para o lado bom das coisas e sentirmo-nos gratos por termos isso, vai-nos levar lentamente a uma mudança. As sensações que a gratidão nos dá, permitem-nos desenvolver um antídoto natural contra o pessimismo, a tristeza, o rancor, a mágoa, a raiva e a revolta.

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

domingo, 4 de março de 2018

Como eu me vejo e como sou visto pelos outros



A imagem que projetamos de nós para o exterior nem sempre coincide com a nossa realidade interna, apesar dessa discrepância nem sempre ser clara e consciente.
Muitas vezes acreditamos que transmitimos exatamente aquilo que somos e sentimos ou aquilo que é desejado e esperado pelo nosso interlocutor mas efetivamente a percepção que é formada por este pode não estar em consonância com a nossa realidade.
Este desalinhamento reside, antes de mais, no simples facto de que somos pessoas diferentes e como tal descodificamos a realidade de maneira única e singular.
 A leitura e a descodificação de cada um é sustentada nas suas histórias de vida, crenças, valores, atitudes e expetativas, mas também nas suas dificuldades emocionais e mecanismos de defesa, o que pode condicionar a sua perceção e afetividade por determinada pessoa. Exemplo disso, pode ser o caso de uma pessoa que alimenta certos preconceitos relativos à raça, nacionalidade, aparência física e constrói uma imagem desfavorável sobre determinada pessoa ou ainda de alguém que não aceita os seus aspetos dependentes e se irrita facilmente com pessoas que manifestam esse tipo características.
Por outro lado, podem igualmente existir dificuldades por parte do próprio em se comunicar de uma forma clara e autêntica, não só no discurso que produz mas também na linguagem não verbal que adota, nomeadamente, postura, tom de voz e gestos, induzindo equívocos na imagem que transmite. Uma pessoa com um temperamento mais tímido, reservado e retraído, muitas vezes é percecionada como arrogante e prepotente, com a mania da superioridade, o que não poderia estar mais longe da sua realidade interna.
No pólo oposto, pessoas com características mais exibicionistas e com necessidade de ostentar aspetos que não possuem na procura da admiração e valorização do outro, também transmitem uma imagem que não corresponde à sua realidade, o que acaba também por trazer equívocos e prejuízos para a relação.
Diferente ainda é o caso de pessoas demasiado auto-críticas e com lacunas na sua confiança pessoal, que se percecionam de uma maneira mais desfavorável que as pessoas que lhes são mais próximas. Também aqui a auto-imagem e a visão do outro são significativamente diferentes, nomeadamente quando este último consegue identificar qualidades no primeiro que o próprio tem dificuldades em reconhecer.  
O conhecimento e a aceitação de todos os aspetos da nossa personalidade, das suas potencialidades mas também das suas fragilidades e limitações, é o primeiro passo para construirmos um auto-imagem completa, íntegra e positiva e assim podermos transmitir essa mesma imagem aos outros, de forma mais clara e genuína.
Apesar de sabermos que a perceção do outro pode ser enviesada, até mesmo por fatores alheios a nós, nada nos impede de tentarmos auscultar o feedback do exterior e o modo como somos recebidos. Na posse dessa informação, podemos aperfeiçoar a maneira como nos comunicamos e facilitamos o acesso das pessoas à nossa realidade interior.


quinta-feira, 1 de março de 2018

2º Aniversário da ClaraMente!!

Neste dia em que a Claramente celebra o seu segundo aniversário, agradecemos a todos aqueles que ao longo deste tempo têm vindo a demonstrar o seu interesse pelo nosso trabalho e que nos motivam a fazer cada vez mais e melhor.

Um agradecimento especial aos nossos pacientes pela confiança que depositam nos nossos serviços, possibilitando o nosso crescimento profissional e levar a cabo a missão que abraçámos e nos move todos os dias: a promoção da saúde mental e da qualidade de vida de quem nos procura. 

Agradecemos também aos nossos parceiros pelo interesse e divulgação dos nossos artigos e serviços e ainda aos nossos seguidores pela sua participação nas redes sociais através de comentários, partilhas e interacções. O vosso feedback é muito importante para nós. 

Neste último ano, contámos com uma nova colaboração no consultório das Caldas da Rainha, o psicólogo Nuno Gago, o que nos permitiu dar resposta aos muitos pedidos nesta área de atendimento e levar a cabo no mês de Novembro o rastreio cognitivo. Foram ainda estabelecidas novas parcerias, nomeadamente com a Dona Leonor Pharma e com o Portal Viva Saúde, mantendo-se a parceria com o Portal dos Psicólogos e com a Revista Psicologia da Actualidade.  Destacamos ainda a colaboração das nossas psicólogas, nas revistas "O nosso Bebé" e "Vogue", para as quais as mesmas aceitaram o convite de conceder entrevistas para debaterem os temas colocados pelas revistas. 

Que este próximo ano traga consigo novos desafios transformadores!

ClaraMente, ao encontro do seu bem-estar emocional!