quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A Música como recurso para o nosso Bem-Estar

A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição – Aristóteles

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é uma forma de arte que se constitui na combinação de vários sons e ritmos, seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. O campo das definições possíveis é na verdade muito grande, existem definições de vários músicos e de musicólogos, mas podemos considerar segundo estudos, que a música é uma linguagem universal, e faz parte da história da humanidade desde as primeiras civilizações. Não se conhece nenhuma civilização que não possua manifestações musicais próprias. Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que inclua todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo.

De que forma a música lhe toca? Como é a sua relação com a música? E se tivesse que escolher 10 músicas como a banda sonora da sua vida? Aceita esse desafio?

Existem inúmeros estudos e cada vez mais, que comprovam os efeitos positivos da música no nosso cérebro. E hoje, decidi trazer esta sugestão de reflectirmos e tornarmo-nos mais conscientes sobre a influência que a música tem sobre nós, para a podermos utilizar como um recurso para o nosso bem-estar.

Um dos desafios é recordar de forma cronológica quais as músicas que nos foram marcando na nossa vida, na infância, na adolescência, na juventude, na vida adulta... Um outro é recordar associações de determinados momentos marcantes a determinadas músicas, tal como uma viagem, umas férias, um aniversário, um momento, uma pessoa... Um outro desafio será perceber as sensações que essas recordações nos trazem. O que nos faz sentir quando ouvimos ao vivo aquela banda que seguimos há 30 anos e quando tocam aquela nossa música favorita? Essa sensação é indescritível? Pois é. Será pela sonoridade em si? Será pela história daquela música e banda? Será pela familiaridade do som? Talvez por tudo isto e mais... E qual a sensação quando estamos no meio do trânsito e de repente passa uma das nossas músicas favoritas? Qual a sensação no final de um concerto que simplesmente adorámos? E o que sentimos quando decidimos colocar uma música, que acabámos de conhecer em modo “repeat”?

A música tem a capacidade de alterar o nosso estado de espírito. O corpo reage às vibrações dos sons, são despertadas sensações e emoções que interferem no funcionamento de nosso organismo. Atinge a nossa parte motora e sensorial por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atinge a afectividade. A música proporciona alegria, melancolia, tensão, energia, motivação, sensualidade, calma, tranquilidade... A música tem um efeito quase mágico sobre as pessoas, algumas músicas motivam-nos para correr uma maratona inteira, outras fazem-nos querer ficar na cama e a chorar, e outras fazem-nos viajar no tempo.

A capacidade que a música tem de despertar sensações e emoções, pode ser a base de um dos seus maiores benefícios e um dos nossos recursos. E se conseguirmos identificar o nosso estado de ânimo (tristes, zangados, desmotivados...), e percebermos que tipo de música nos faz sentir melhor? Não poderemos efectivamente utilizar a música como nossa aliada?

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

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