Na próxima 5ª feira, dia 20 de Outubro,
comemora-se o Dia Mundial de Resolução de Conflitos. A data foi criada em 2005
pela Association For Conflict Resolution e assinala-se anualmente na terceira
quinta-feira de Outubro.
O objetivo desta data é apelar aos
cidadãos para recorrer à mediação, arbitragem, conciliação e a outros meios
para a resolução de conflitos de forma concertada. Pretende igualmente promover
o uso de meios de resolução de conflitos nas escolas, famílias, empresas,
comunidades e entidades governamentais, sublinhando as vantagens da resolução
pacífica de conflitos.
Um conflito representa uma situação de
crise que pode ser vivenciada pelo próprio, perante motivações internas
incompatíveis (conflito intrapessoal) ou pode ser experienciada no contexto das
relações interpessoais. Neste casos, os conflitos podem surgir da incompatibilidade
entre duas ou mais pessoas no que concerne a valores, ideias, sentimentos, objetivos,
formas de agir e opiniões.
Todas as relações interpessoais implicam o
envolvimento de pessoas distintas e únicas, pelo que é natural que possam
ocorrer situações de “desentendimentos” que levem a conflitos. Quando são bem resolvidos,
os conflitos representam uma oportunidade de evolução na relação, fortalecendo-a.
No entanto, quando não se acede à sua resolução, os conflitos representam um
perigo para a deterioração da relação, podendo fazer com que as pessoas
envolvidas se sintam incompreendidas, zangadas, contrariadas ou magoadas.
Sendo assim, e sabendo que não podemos
evitar os conflitos, torna-se importante compreendê-los de forma a recorrer às
estratégias mais adequadas para os resolver da melhor maneira.
Através da negociação, procura-se dialogar
e chegar a um acordo com a parte envolvida no conflito.
A mediação visa analisar os interesses
comuns entre as partes, estudar alternativas de solução e estimular possíveis
soluções.
Na conciliação procura-se convencer as
partes a alcançarem um acordo que, mesmo não sendo totalmente satisfatório,
poderá limitar o conflito e minimizar perdas.
Mas independentemente da estratégia
utilizada, é sempre importante a criação de um clima emocional de aceitação,
respeito e recetividade, em que a escuta ativa está presente.
Após identificado
claramente o problema, é fundamental assegurar que as ideias essenciais são expostas, sem criticar nem
culpabilizar o outro. Pedir a devolução do que foi dito para se certificar que
foi bem compreendido, propor e ouvir propostas de soluções e tentar chegar a
uma solução que agrade às partes envolvidas, são aspetos fundamentais.
Quando gerido de forma eficaz, o conflito
pode ajudar a identificar problemas importantes que necessitam de resolução; a fortalecer
a relação e a libertá-la de mal-entendidos e ressentimentos; a desbloquear emoções; a promover o
conhecimento do outro e o auto-conhecimento e a criar oportunidades de
aprendizagem e enriquecimento (em termos pessoais e culturais).
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