Logo no primeiro momento de vida, aprendemos a respirar.
Provavelmente é essa a razão da respiração ser tão automática, que acaba por
ser negligenciada no nosso dia-a-dia. A respiração é essencial para a qualidade
de vida e não pode ser negligenciada. A respiração é automática, mas uma
respiração ao se tornar consciente pode ser nossa aliada nas situações de maior
stresse e ansiedade.
Nos tempos que correm, existe uma constante exigência por
parte da sociedade e são tantos os compromissos e deveres que é essencial
conseguirmos aliviar os sintomas físicos e emocionais do stresse de um modo
natural. Às vezes, tudo parece ser demais: um patrão exigente, uma voz de uma colega mais aguda, o carro a ter que ir ao mecânico, alguém que nos
está constantemente a telefonar, o autocarro que nunca mais chega, sentimos que
existe uma facilidade de nos irritarmos e de nos sentirmos incomodados. Nestes
momentos, podemos ter uma grande aliada para nos aliviar destas sensações
desagradáveis: a respiração consciente. Segundo Ana Berenguer,
psicóloga e membro da International Breathwork Foundation (http://www.ibfnetwork.com), o nosso organismo
tem um sistema autónomo para obter o oxigénio e adequa-se a cada momento, mas
nós podemos modificar a nossa respiração para controlar o sistema nervoso e o
ritmo cardíaco, melhorando assim o nosso bem-estar.
Agora vamos a algo mais prático. Como está a sua respiração hoje?
Está rápida ou lenta? Curta ou longa? Por breves minutos, sem a tentar
modificar, apenas estando atento à sua respiração, aperceba-se qual o ritmo e
como a está a fazer. Sinta o ar a entrar nas narinas e os pulmões a encherem-se
de ar. Ao fazer este exercício, mesmo que outros pensamentos invadam a sua
mente, volte a sua atenção novamente para a sua respiração. Continue focado nas
sensações, sinta os pulmões a esvaziarem-se à medida que o ar vai saindo das
suas narinas. Como é estar focado e atento na sua respiração? Ao estarmos atentos à nossa respiração, podemos aliviar as
sensações desagradáveis de tensão e de stresse, através de uma respiração
consciente. A nossa respiração tem um grande impacto no nosso estado mental e
físico, vamos pensar nisso? Convido-vos a experimentar este exercício 3 minutos
por dia.
Existem duas formas para colocarmos ar nos pulmões: com
a barriga para dentro, peito para fora, que é a respiração torácica, ou então
através do diafragma, que é a respiração abdominal. Quando enchemos o peito de
ar, encolhemos a barriga, usamos apenas a musculatura do tórax. Este é o tipo
de respiração de quem está a fazer um exercício físico intenso. E é também o
tipo de respiração de quem está sob pressão. Já a respiração diafragmática
ocorre em situações de calma e, muito importante, é capaz de diminuir uma reacção
de alarme. O diafragma é o músculo que separa o abdómen do tórax, e pode ser
controlado com um mínimo de atenção.
Os sintomas físicos da ansiedade podem ser desencadeados
por hiperventilação e respiração superficial (respiração curta e rápida), que aumenta
os níveis de oxigénio e reduz a quantidade de dióxido de carbono no sangue. O
dióxido de carbono auxilia na regulação da reacção do corpo à ansiedade e
pânico. Devemos aprender a respirar pelo diafragma e sobretudo ter uma
respiração consciente, onde a barriga se expande quando se inspira. Para termos
a certeza de que estamos a respirar correctamente, colocamos uma mão sobre o abdómen e
outra no peito. A respiração mais correcta significa mover o abdómen, em vez do
peito.
Se vamos fazer uma apresentação oral, um exame ou vamos a
uma entrevista de trabalho, é natural estarmos ansiosos, contudo o focarmos em
breves minutos a nossa total atenção na nossa respiração, ajuda a acalmar e a
relaxar. Se estamos numa situação já de tensão e de ansiedade, para não
permitirmos que essa tensão se eleve ainda mais, ao tentarmos focar a nossa
atenção total na respiração, vai ajudar.nos,
Vamos experimentar uma vez por dia este exercício da respiração consciente?
Sem comentários:
Enviar um comentário