“Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que
deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances
não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.” Miguel Torga
Nesta altura do ano, é
inevitável não se pensar ou não se falar em finais e retrospectivas, mas também
em recomeços, novos objectivos e metas. Inevitável, nem que seja pelas notícias
da televisão e jornais ou pelas 12 passas que alguns obrigatoriamente têm que
comer à meia-noite na passagem de ano.
Por estes motivos, porque
não pensarmos então realmente num recomeço (apesar de cada dia que nasce ser um
recomeço), já que a última folha do calendário vai cair? Mas num recomeço
diferente. Não num recomeço de uma página / livro em branco, mas num recomeço
de um novo capítulo dando continuidade ao anterior. Um recomeço com consciência
das nossas dificuldades, das nossas limitações, do nosso passado, das nossas
feridas, das nossas aprendizagens... É essa consciência que nos faz ser capaz
de criar objectivos e metas realistas para o ano seguinte, sem chegarmos a
Fevereiro frustrados, pelas resoluções do novo ano já terem ido por água
abaixo...
A consciência sobre nós
próprios faz-nos ser capazes de escolher as metas para o próximo ano que
encaixem mais no que desejamos e no que nos faz mais felizes. Ao mesmo tempo
que ao nos conhecermos melhor, também sabemos melhor escolher os caminhos que
queremos percorrer para atingir essa meta. Quanto mais em sintonia e harmonia
estivermos connosco próprios, mais facilmente os objectivos vão sendo
concretizados, não porque os problemas ou obstáculos não surjam, mas porque
sabemos que vão surgir (tal como em todos os anos anteriores) mas que ao os
aceitarmos com naturalidade, menor sensação de angústia e frustração vamos
sentir.
Ao olharmos para um futuro
em construção constante, ao mesmo tempo que a nossa própria (re)construção vai
sendo feita e/ou fortalecida, podemos sentir mais facilmente espaço para sermos
e construirmos de forma mais livre o que realmente nos faz sentido e nos faz
feliz. Passando por situações que escolhemos, com vontade de aprender, mas
também aceitar situações novas que surgem, mas que podem ser abraçadas e
vividas de forma positiva, retirando aprendizagens e o acumular dessas
aprendizagens facilita-nos a recomeços... com sabedoria.
A equipa da ClaraMente deseja um Novo
Ano cheio de recomeços com sabedoria e Bem-Estar Emocional!
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
Sem comentários:
Enviar um comentário