segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Um Olhar sobre o Ciúme



O ciúme é um sentimento intrínseco à natureza humana e que é experienciado desde logo, numa fase precoce do desenvolvimento. Pode ser entendido como uma manifestação de emoções desencadeadas pela perceção da falta de exclusividade afetiva por parte da pessoa amada e pela sensação de se estar a dividir, ou mesmo a disputar a atenção, intimidade, dedicação, cumplicidade e afeto com outros, quer estes sejam os irmãos, os primos ou os amigos.
Este sentimento de exclusão está presente, prematuramente, no desenvolvimento com a entrada em cena do terceiro elemento que vai gerar sentimentos ambivalentes na criança: por um lado, o desejo de aceder a uma relação ampliada com o mundo, mas por outro, o temor de perder a sensação de amor incondicional e a segurança afetiva que a relação simbiótica com a mãe lhe transmite.
A resolução eficiente da triangulação implica que a figura materna e paterna estabeleçam uma aliança coesa no modo como lidam com a frustração da criança, garantindo-lhe simultâneamente o amor e a segurança afetiva necessárias.
No entanto, a má resolução da triangulação, poderá comprometer a socialização da criança e os seus futuros relacionamentos amorosos, dando lugar mais tarde ao ciúme patológico. Nestes casos, as relações amorosas adultas, reativam o conflito infantil não resolvido e são vividas com uma sensação de medo e ameaça constante pelo surgimento de um rival (terceiro elemento) capaz de roubar a figura amada. Há uma expetativa permanente e infundada de ameaça na relação, ela própria idealizada e com aspectos infantis relacionados com a ilusão de amor e dedicação exclusivos e incondicionais.
Nos casos de ciúme patológico, verifica-se uma permanente desconfiança e um estado de tensão, angústia e insegurança pelo temor de se ser traído, conduzindo a uma constante monotorização das ações do parceiro, mesmo que este não tenha dado razões para tal. As reacções são desproporcionais e podem mesmo ser agressivas do ponto de vista físico e psicológico, gerando sofrimento para ambas as partes.
Estas pessoas normalmente revelam uma elevada centração nelas próprias e na satisfação das suas necessidades (egocentrismo), sendo muito possessivas, controladoras e levando em pouca consideração a individualidade do outro. Pode igualmente estar presente uma auto-estima deficiente que se traduz no medo em se ser trocado por outra pessoa percecionada como mais interessante e com mais valor.
A reação face à ameaça da perda e abandono poderá traduzir-se num conjunto de emoções que vão desde o pânico à raiva descontrolada, na medida em que a ausência do outro se traduz numa perceção da perda da própria identidade pessoal. O ciúme aqui descrito não mede a intensidade do amor mas acima de tudo o grau de dependência e a imaturidade emocional.
A intervenção psicoterapêutica nestes casos revela-se fundamental, já que o grau de sofrimento é elevado, podendo haver prejuízo nas esferas profissional, familiar e social.
Sendo uma emoção intrínseca à natureza humana, o ciúme, relacionado com o desejo de exclusividade afetiva, não pode ser simplesmente eliminado mas importa saber geri-lo, controlá-lo, aprender a lidar com ele e minimizar os seus malefícios.
A comunicação entre o casal é fundamental e é legítimo que aquele que sente ciúmes possa informar o seu parceiro que esse sentimento o está incomodar mas sem limitar a sua ação, na medida em que essa vivência emocional não lhe dá o direito de agir agressiva e autoritariamente sobre o outro.

Quando é experienciado de forma positiva, o ciúme associa-se a uma conduta de zelo e de motivação para investir no próprio, no outro e na relação.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A arte de não engolir sapos? Ou a arte de os saber digerir?

Todos nós, já passámos com certeza por algumas situações em que nos vimos “obrigados” a engolir sapos... Isso não significa que tenhamos sido obrigados a não dar o nosso parecer e a nossa opinião, como também não significa que tenhamos ficado zangados o resto da semana por termos engolido esse sapo. E se pensarmos bem, se calhar até nem fomos realmente obrigados a engoli-lo, o mais provável é que tenhamos optado pelo que nos parecia a atitude com mais ganhos, ou pelo menos com consequências menos negativas.

O que afinal será mais sensato? Não aceitar engolir os tais ditos sapos? Assumir uma postura de rejeição total perante qualquer situação que nos obrigue a engolir sapos? Em todas as circunstâncias? E se não considerarmos o engolir sapos, como uma atitude total de submissão e passividade, mas sim de opção?

Será mais sensato aprendermos a fazer uma digestão, a melhor possível para cada tipo de sapo que engolimos?

Aqui, no momento antecipatório em que decidimos engolir ou não o sapo, a nossa leitura e interpretação sobre o acto em si, irá influenciar a nossa decisão. Se eu sentir, por exemplo, que estou a ser humilhada propositadamente, e se isso me revoltar, e reagir de forma mais impulsiva, provavelmente não vou suportar a ideia de engolir o sapo. Ou, ao considerar que a situação não é justa, mas que a pessoa até pode não conseguir ver a minha perspectiva, posso decidir não engolir o sapo, por não concordar, contudo, posso explicar o meu ponto de vista e a minha razão para não o fazer. Contudo, talvez caso essa pessoa seja o nosso chefe, ou alguma pessoa que nos pode criar alguns problemas, essa ponderação já poderá ser diferente. Ou seja, apesar da minha vontade poder ser a mesma, de não engolir o sapo e de responder de acordo com a minha leitura, posso adoptar uma atitude mais controlada e tranquila. E até poderei decidir, que naquele caso, aquele sapo não me irá incomodar assim tanto...?

A sensação de desconforto nesses momentos, pode ser sentida de forma menos intensa, exactamente porque podemos conseguir ver que é uma opção nossa, e que de facto até tenho a ganhar (ou a não perder) e por esse motivo, essa decisão pode acabar mesmo por ser uma atitude de maturidade? O conseguirmos tolerar a frustração, não ficando a remoer, aceitando que a nossa opção é a mais acertada no momento.

A capacidade de reflexão, a avaliação da situação por diversas perspectivas e a ponderação, serão com certeza grandes ajudas que nos ajudam a decidir se não o vamos engolir, ou se vamos colocar condimentos para nos facilitar a digestão...

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Era uma vez... eu

As histórias da maioria de nós parecem ter, entre muitos, um ponto em comum: de acordo com alguma investigação, e mesmo relatos menos formais, no leito de morte o arrependimento por aquilo que não se fez parece imperar.
Será que era disso que falaríamos se escrevessemos sobre as nossas vidas postumamente? Será que esse nosso Eu, diria ao de hoje, "Faz!"? E o que diz o nosso Eu de hoje ao nosso Eu de ontem? E ao de hoje mesmo?
Há poucas semanas aceitei um desafio em que me foi proposto identificar e descrever os "capítulos"  da minha vida. Quero desafiar-vos também: se as vossas vidas fossem livros, quais os capítulos que teriam? Quantos eram? A que diriam respeito? Seriam organizados cronologicamente, numa sequência de diferentes fases de desenvolvimento? Ou o tempo não teria muita relevância nessa escolha? Seria o espaço?!? Ou também não? Enquanto unidades de significado, marcadores de vida, a que corresponderiam esses capítulos?

É comum no final de um caminho, de um projecto, de uma viagem, de uma fase, olharmos para trás. Fazemos uma espécie de balanço, avaliamos o que aconteceu, criticamos o que consideramos terem sido erros, regozijamo-nos (muito mais raras vezes) com os sucessos.
Isto leva-me a duas questões diferentes:

Por um lado, que tipo de narradores somos?
Ouve-se com frequência "Se eu soubesse antes o que sei hoje" ... Mas a verdade é que não sabíamos. Não tínhamos como saber e, por isso, dificilmente poderíamos ter feito diferente. Mas o que a investigação nos parece dizer é que esta aceitação para ser facilitada quando se fez! Mesmo que se tenha feito "mal"! E que não são os erros, mas sim o que se deixou de fazer, de tentar, de arriscar, os "não capítulos", aqueles que não chegaram a ser publicados e ficaram guardados na gaveta, que nos angustiam.
Para aqueles capítulos em que tudo parece ter corrido mal, há sempre a possibilidade de conseguirmos aprender a olhar para eles como lições aprendidas, como caminhos que tomámos e que nos ajudaram a perceber que não era por ali.

E, por outro, queremos mesmo esperar pelo fim para ver como poderíamos fazer melhor, crescer melhor, viver melhor? Ou irmo-nos narrando as nossas próprias vidas ajudar-nos-á a escrevermos histórias diferentes, a estarmos mais presentes, mais envolvidos, mais livres, e com uma maior capacidade de escolha e decisão?

São muitas perguntas, bem sei... Procuremos dar-lhes resposta?



Ana Luísa Oliveira escreve de acordo com a antiga ortografia.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Lars e o Verdadeiro Amor – Um Olhar da Psicologia


Poderá a doença mental ser uma forma última que o sujeito encontra para comunicar com o mundo, na tentativa de encontrar um caminho para resolver um sofrimento sentido como intolerável?
 Este é o princípio a partir do qual o filme “ Lars e o Verdadeiro Amor” se desenvolve e que nos permite  lançar um outro olhar na forma como entendemos a doença mental.
Lars  é um homem com muitas dificuldades de socialização, demonstrando pouco ou nenhum interesse em se relacionar com a sua família e colegas de trabalho. Do seu passado sabe-se que a sua mãe morreu no parto e que Lars foi educado pelo seu pai, também ele um homem afetivamente distante.  Apesar do interesse e do esforço demonstrado pela família e por outras pessoas do seu trabalho e da comunidade em comunicarem com ele, Lars prefere o isolamento, não estabelecendo praticamente qualquer tipo de diálogo e revelando inclusivamente uma intolerância ao toque que lhe provoca dor.
Quando Lars comunica ao irmão e cunhada que gostaria de lhes apresentar a sua namorada, de nome Bianca, e chega com uma boneca de silicone, falando com ela como se de uma mulher real se tratasse, a família de imediato percebe o estado perturbado em que Lars se encontra e procura aconselhamento médico. 
A médica que também é psicóloga, esclarece que Lars se encontra descompensado e a sofrer de uma perceção distorcida da realidade mas que esta pode ter sido a forma que ele encontrou para conseguir comunicar com o mundo. Por indicação da médica, a família e a comunidade mobilizam-se para compactuar com esta ilusão, num esforço coletivo e solidário para ajudar Lars, integrando a sua namorada Bianca como um membro da comunidade.
Gradualmente, Lars começa a tornar-se mais comunicativo e alegre, procurando envolver-se mais com a sua família e amigos. Bianca constitui-se claramente como uma ponte que Lars construiu para, através dela, conseguir sair para fora da sua carapaça e comunicar com os outros e em particular com a figura feminina. É interessante como Lars projeta em Bianca a imagem de uma mulher idealizada, que partilha consigo muitas características e que se constitui como um importante suporte emocional para ele.
A determinada altura, Lars encontra Bianca inconsciente na cama e percebe que ela está mal de saúde. Começa então a desenhar-se a despedida de Lars em relação à sua criação,  o que revela que esta deixou de ter utilidade para ele e que ele está pronto para resgatar a sua independência e a relação com o mundo.
A despedida e morte de Bianca podem representar igualmente uma oportunidade para Lars finalmente elaborar a dor relacionada com a perda da mãe, abrindo-lhe a possibilidade para se relacionar com uma rapariga real, Margo, uma colega de trabalho que está ao seu lado no último adeus a Bianca e que há muito que vinha demonstrando interesse por ele.

Este é um filme com uma dimensão humana muito marcante e que vem novamente reforçar a importância da relação, aqui conseguida a partir de um objeto irreal, na transformação do ser humano. Porque é no encontro com o outro que nos podemos encontrar a nós próprios e assim crescer e evoluir. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Temos o Poder em ser quem queremos ser?

O ser humano é um ser bio-psico-social e somos desde o nosso nascimento inseridos na cultura em que os nossos pais estão inseridos. Vamos sendo tratados, educados, amados da forma que os nossos pais / familiares / cuidadores o sabem fazer. E quando vamos crescendo, existe uma tendência de repetirmos o que aprendemos ou fazer o oposto (quando achamos que não concordamos com algo), contudo isto acontece quando reflectimos sobre estas questões, e desta forma temos uma maior capacidade de optar pelo que acreditamos que faz mais sentido para a pessoa em que nos tornámos e que queremos ser.

Foi termos vivido tudo o que vivemos no passado lá atrás, até ao passado de há 5 minutos, que nos faz ser a pessoa que somos agora neste minuto. As experiências, as reflexões sobre estas e o que decidimos fazer com elas... E são estas decisões que nos dão o poder. Cada um de nós pode optar por ser diferente.

Não colocando de parte (de todo!), o valor da nossa genética, tal como da predisposição com que nascemos. Muito antes pelo contrário, ao termos consciência do que temos em nós, das nossas capacidades, das nossas aprendizagens, dos nossos gostos, das nossas dificuldades, podemos optar pelo que nos é mais fácil em determinados momentos, pelo que gostamos mais, ou, procurar melhorar determinados aspectos e características. O sermos o que somos é algo em constante mudança, em maior ou menor mudança...

A grande diferença de termos ou não esse poder, pode ser pelo nível de consciência que temos (quanto maior consciência, maior poder temos para mudar) e pela vontade de largar o que já é conhecido e avançar à descoberta (que pode ser extremamente assustador, contudo, muitas vezes essencial para (re)descobrirmos o nosso bem-estar).

Cada um de nós tem determinadas dificuldades mas também potencialidades, e ao explorarmos novas perspectivas vamos ser cada vez mais capazes de regular as nossas necessidades psicológicas e, assim, encontrar um maior equilíbrio emocional.

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Quando o chão nos falta... e o lugar da Esperança

Há momentos em que de forma mais, ou menos, esperada, damos por nós sem chão. Olhamos, procuramos à volta... e não vemos.
Não estamos sequer suspensos, estamos... ali. Sem chão. Sem nada que nos sustente. Como se permanecessemos naquela fracção de segundos antes de começarmos a cair... em queda livre.
Mas também não estamos a cair... Estamos ali, angustiados. E, ainda que possamos ter uma restiazinha de esperança... estamos apavorados pela certeza de que vamos cair... E magoar-nos! Pior, não sabemos como é que vamos cair... quando é que vamos (finalmente?) cair, ou quanto nos vamos magoar. Ou ainda, em última instância, se vamos sequer sobreviver à queda. Não sabemos como é que se vive sem chão. Achamos muitas vezes que talvez nem seja possível fazê-lo.
E, no entanto, fazêmo-lo. Aprendemos pela experiência... Como um bebé que é atirado à água ainda antes de ter aprendido a nadar, e instintivamente se move de forma a manter-se à tona, vamos, avançamos, deixamo-nos cair, ou reagimos antes da queda. Mas vivemos.
Por vezes, chegamos lá a baixo, ao fundo... e é muitas vezes aí que temos a oportunidade de recomeçar. De pés assentes, subir de novo.
Mas, tantas vezes, uma nova angústia, um outro momento de desespero, de solidão, diz-nos que não somos capazes, que não vamos conseguir, sem esperança.
Esta é uma “emoção”, um conceito, cuja reputação deixa, frequentemente, algo a desejar. Por vezes podemos achar que é uma característica associada a quem ingenuamente vive feliz na ignorância. No entanto, esta característica, ou mesmo competência, é essencial.
Não é ela, por si só, que nos vai “salvar”, ou cumprir os nossos objectivos. Mas ajuda.

Quem tem esperança, tem também o desejo e a determinação de que os seus objectivos vão ser alcançados, e tem ainda uma série de estratégias (e a capacidade para as procurar e encontrar) para atingir esses objectivos ao seu dispor. A esperança permite-nos olhar os obstáculos com a perspectiva confiante de quem vai conseguir ultrapassá-los e, por isso, estamos mais dispostos a olhar à volta, a procurar formas, caminhos, ferramentas, para o conseguirmos. Ou seja, a esperança não corresponde apenas à vontade ou desejo de se chegar a determinado lugar, mas também às diferentes formas para lá chegar.

Ana Luísa Oliveira escreve de acordo com a antiga ortografia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Viver Bem no Novo Ano


Nesta primeira semana do novo ano, em que muitos procuram descobrir novas formas de aumentar a sua qualidade de vida e bem estar, seria interessante, antes de mais, compreender o que significa afinal viver bem.
Vivemos numa era em que somos inundados, através das redes sociais, por publicações que projetam imagens de felicidade associadas a festas, viagens, aos melhores amigos, aos melhores namorados. A exposição a estas mensagens poderá, de certa maneira, gerar a crença  que viver bem é experienciar esta constante diversão e que, por conseguinte, a vida rotineira do quotidiano seria maçadora e desinteressante.
Esta ilusão que é vendida é suscetível de produzir, por um lado, uma sensação de admiração e de desejo em frequentar os mesmos lugares, fazer as mesmas viagens, conhecer aquelas pessoas, ou fazer aquelas atividades e por outro lado, gerar uma sensação de frustração e de fracasso por não se conseguir ter uma vida assim.
Na realidade, para vivermos bem, é importante a existência de uma rotina e a aceitação de que essa rotina tem inevitavelmente um caráter de repetição que pode ser organizador e gratificante desde que esteja em sintonia com as nossas características pessoais e aspirações.
Os períodos de pausa e de férias são importantes para relaxar, descansar e para uma libertação temporária das responsabilidades, horários e obrigações laborais. No entanto, se este tempo para não fazer nada ou de festa passasse a ser a rotina do quotidiano, acabaria igualmente por se tornar monótono e conduzir a uma sensação de enfraquecimento e de empobrecimento do eu.
A robustez da auto-estima é, sem dúvida, um  fator determinante para se viver bem e relaciona-se com o orgulho que temos em relação aos nossos valores e à forma como os refletimos na nossa conduta e na relação com os outros. Viver bem associa-se à existência desta congruência interna, sendo igualmente importante uma rotina na qual nos ocupamos com coisas que gostamos e das quais temos um retorno gratificante e compensador.
Quando estamos ocupados e envolvidos a fazer algo que nos interessa e entusiasma, ficamos totalmente conectados no momento presente e o tempo flui de forma rápida. Estas sensações agradáveis podem advir de trocas relacionais significativas, de atividades de lazer ou intelectuais (leitura, cinema, arte, música) e de atividade físicas como o desporto ou a dança, que aumentam a  produção de endorfinas, hormona responsável pela sensação de bem-estar.
Podemos concluir que viver bem se relaciona sobretudo com a construção de uma rotina congruente e harmoniosa com a nossa natureza humana, que transparece a nossa autenticidade e não com a superficialidade associada à imitação de um estilo de vida projetado e alheio.