Todos nós temos uma opinião sobre nós próprios e é essa forma
como nos vemos que está na base da autoestima. A autoestima é a avaliação que
fazemos sobre nós, envolvendo crenças, emoções e comportamentos. É a capacidade
que temos em nos respeitarmos, confiar e gostarmos de nós.
A autoestima não é estática nem fixa, pode crescer ou
empobrecer.
Quando somos crianças, os nossos modelos, ou seja as pessoas
que nos cuidam e educam (pai, mãe, avós, tios), são o que temos de mais
importante, e a opinião destas pessoas, a forma como nos tratam, as relações
estabelecidas e a forma como sentimos os afectos ou críticas, vai influenciar, e
em muito, na construção da nossa autoimagem, a forma como nos vemos. Desta
forma, o que vivemos no passado vai influenciar na autoestima durante a fase
adulta. Contudo, ao nos irmos apercebendo que temos tendência para termos
pensamentos negativos sobre nós, duvidamos das nossas capacidades,
culpabilizamo-nos com frequência, aí sim, temos a possibilidade e a capacidade
de melhorar a nossa autoestima. Porque tal como referi em cima, a autoestima
não é estática nem fixa, portanto, pode crescer ou empobrecer.
A maneira como nos vemos pode variar dependendo da situação
em que nos encontramos e ao longo da nossa vida, consoante as diferentes
experiências que vivemos. É fundamental ter em conta que ninguém consegue estar
totalmente satisfeito e feliz com a pessoa que é, sempre; termos uma boa
autoestima não significa que somos confiantes em todos os momentos.
Quando temos uma baixa autoestima temos pouca confiança em
nós e desvalorizamo-nos. Temos uma tendência em nos focar nos aspetos mais
negativos, nos erros que cometemos, culpamo-nos do que acontece, não nos
sentimos amados e podemos até achar que não merecemos que alguém goste de nós.
A baixa autoestima, por si só, não constitui um problema de saúde mental, mas
aumenta a possibilidade de desenvolvermos depressão, ansiedade, fobias,
perturbações de comportamento alimentar e adições, tal como vivermos relações
de dependência, por sentirmos que precisamos de alguém sempre ao nosso lado. A
autoestima influencia nas escolhas que fazemos ao longo da vida, na área
profissional, como na área relacional.
Então, como posso aumentar a minha
autoestima?
Uma boa autoestima permite-nos ver os nossos pontos
positivos, sentimo-nos confiantes e seguros, aceitamos errar e aprender com os
erros, somos assertivos e cuidamos de nós.
- Gaste 5 minutos do seu dia e pense nas coisas boas que fez hoje. Não desista até escrever 3 a 5 actividades / tarefas /atitudes, que se sinta orgulhoso e que tenha apreciado.
- Experimente elogiar-se pelas pequenas vitórias. Se tem a tendência de valorizar apenas os grandes momentos, insista em pensar também nessas pequenas, mas igualmente importantes aprendizagens / vitórias.
- Tente controlar a censura, a crítica permanente, a desvalorização e a comparação com os outros, que apenas contribuem para a destruição da autoestima. Cada pessoa é um ser único, todos cometemos erros e todos fazemos coisas bem feitas. Procure as coisas que fez bem feitas e valorize isso, valorize-se por isso.
- Seja exigente consigo, mas crie metas realistas. Imaginar uma escadaria pode ajudar, por exemplo, ao criar um objectivo como se tratasse do final das escadas, mas definir pequenos objectivos para cada degrau. Assim, cada dia, após cada degrau sente que se concretizou um objectivo. Lembre-se que o perfeccionismo é um grande inimigo da felicidade.
- Tente procurar valorização do que faz e do que é, não apenas nas outras pessoas, mas essencialmente procurar coisas em si que aprecia e que valoriza.
Calvin and Hobbes |
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