O ser humano, é um ser fantástico! Tem uma enorme capacidade de adaptação, no entanto essa adaptação pode criar dificuldades de se avançar em determinados momentos da vida.
Uma criança nasce e entra em contacto com o Mundo através dos seus cuidadores, esses são os modelos e através destes a criança vai aprendendo e desenvolvendo-se. À medida que este desenvolvimento vai acontecendo, a criança / adolescente / jovem / adulto, vai-se apercebendo que o modelo parental (ou de outros cuidadores) pode não ter sido efectivamente o mais saudável e vai acabando por desenvolver estratégias para se adaptar ao meio onde está inserido.

Um adulto "sobrevivente" a experiências de vida emocionalmente duras, tende a ir evoluindo as estratégias que foi criando em criança, tende a adaptá-las... contudo, muitas vezes fica preso a estas, mesmo quando o contexto é diferente. Muitas vezes este adulto, pode activar as estratégias de defesa (protecção) quando sentir que existe algo idêntico às situações "difíceis" que viveu. O medo do abandono, o medo da indiferença, o medo da crítica são receios muito comuns em adultos que de alguma forma sentiram que viveram uma infância marcada por falta de afecto e atenção, ou até mesmo negligência e abuso.
Muitas vezes estes adultos conseguem ser perfeitamente funcionais e terem uma vida totalmente equilibrada, contudo nas relações mais intimas, de relacionamentos mais próximos, podem surgir as estratégias que se habituaram a usar naquele determinado contexto mais adverso... e é essencial, a consciência que o contexto sendo totalmente diferente, necessita de estratégias também elas totalmente renovadas. Não fará muito sentido (racionalmente falando), que uma pessoa não partilhe a responsabilidade de algo importante com o seu/sua companheiro/a, porque tem dificuldade em confiar, sendo que a estratégia que utilizou durante muito tempo foi simplesmente contar consigo próprio...
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
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