terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Novo Ano e muita coisa se mantém...

No ano passado, aqui (https://claramente-psi.blogspot.pt/2016/12/recomecos-com-sabedoria.html) falei sobre esta altura do ano ser inevitável não se pensar ou não se falar em finais e retrospectivas, mas também em recomeços, novos objectivos e metas. Inevitável, nem que seja pelas notícias da televisão e jornais ou pelas 12 passas que alguns obrigatoriamente têm que comer à meia-noite na passagem de ano.

No entanto, essa necessidade de criação de objectivos muitas das vezes mais influenciada por alguns factores externos do que propriamente internos, facilmente nos leva à não concretização dessas mesmas metas.

Quando criamos objectivos para o Novo Ano, não nos podemos esquecer antes que tudo, que somos a mesma pessoa do ano anterior e de todos os outros anos, e que caso não tenhamos conseguido mudar algo em nós, é porque pode ser que não estejamos tão motivados (ainda) para essa mudança e podem existir realmente algumas dificuldades nesse processo. Assim, sem pensarmos em estratégias para nos motivar ou em estratégias específicas para ultrapassar as dificuldades, o objectivo ficará apenas no ar, e provavelmente sem ser concretizado.

Um Novo Ano com consciência das nossas dificuldades, das nossas limitações, do nosso passado, das nossas feridas, das nossas aprendizagens... É essa consciência que nos faz ser capaz de criar objectivos e metas realistas, sem chegarmos a Fevereiro frustrados, pelas resoluções do novo ano já terem ido por água abaixo... Porque será que em Fevereiro isso acontece?

Talvez uma óptima resolução de Ano Novo será permitirmo-nos ter tempo para pensar, reflectir, e estar em contacto connosco mesmos. A consciência sobre nós próprios permite-nos conhecermo-nos melhor, e por isso também saber o que queremos verdadeiramente para nós e o que estamos dispostos a fazer, facilitando a escolha do caminho a seguir.

Um Bom Ano 2018!


Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

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