No ano passado, aqui (https://claramente-psi.blogspot.pt/2016/12/recomecos-com-sabedoria.html) falei
sobre esta altura do ano ser inevitável não se pensar ou não se falar em
finais e retrospectivas, mas também em recomeços, novos objectivos e metas. Inevitável,
nem que seja pelas notícias da televisão e jornais ou pelas 12 passas que
alguns obrigatoriamente têm que comer à meia-noite na passagem de ano.
No entanto, essa necessidade de
criação de objectivos muitas das vezes mais influenciada por alguns factores
externos do que propriamente internos, facilmente nos leva à não concretização
dessas mesmas metas.
Quando criamos objectivos para o
Novo Ano, não nos podemos esquecer antes que tudo, que somos a mesma pessoa do
ano anterior e de todos os outros anos, e que caso não tenhamos conseguido
mudar algo em nós, é porque pode ser que não estejamos tão motivados (ainda)
para essa mudança e podem existir realmente algumas dificuldades nesse processo.
Assim, sem pensarmos em estratégias para nos motivar ou em estratégias específicas
para ultrapassar as dificuldades, o objectivo ficará apenas no ar, e provavelmente
sem ser concretizado.
Um Novo Ano com consciência das
nossas dificuldades, das nossas limitações, do nosso passado, das nossas
feridas, das nossas aprendizagens... É essa consciência que nos faz ser capaz
de criar objectivos e metas realistas, sem chegarmos a Fevereiro frustrados,
pelas resoluções do novo ano já terem ido por água abaixo... Porque será que em
Fevereiro isso acontece?
Talvez uma óptima resolução de
Ano Novo será permitirmo-nos ter tempo para pensar, reflectir, e estar em
contacto connosco mesmos. A consciência sobre nós próprios permite-nos
conhecermo-nos melhor, e por isso também saber o que queremos verdadeiramente
para nós e o que estamos dispostos a fazer, facilitando a escolha do caminho a
seguir.
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o
novo Acordo Ortográfico.
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