Cada vez se fala mais de burnout. Burnout não é uma depressão, não é uma desmotivação, não é apenas ansiedade...
O que é afinal o burnout?
O burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental, causado pelo envolvimento duradouro em situações de grande exigência emocional no local de trabalho. Estas exigências são geralmente causadas pelas expectativas elevadas, juntamente com o stress situacional crónico. Instala-se a partir do stress no trabalho, quando o indivíduo se confronta com o desfasamento entre as expectativas e as motivações pessoais e profissionais, e os recursos que o trabalho disponibiliza para as satisfazer. Afecta geralmente os profissionais que trabalham em contacto directo com pessoas, sendo predominante nos profissionais de saúde. Um dos factores de desgaste físico e psicológico que afecta directamente a Qualidade de Vida dos trabalhadores na área da saúde é o acumular de dois ou mais vínculos profissionais.
O burnout caracteriza-se por:
(1) Exaustão emocional - a pessoa sente essa exaustão, física e psíquica, sob a forma de uma fadiga no trabalho, de uma sensação de vazio e de uma dificuldade em lidar com as emoções do outro, de tal forma que o trabalhar com algumas pessoas se torna cada vez mais difícil. Esta fadiga emocional pouco ou nada melhora com o repouso. Podem observar-se explosões emocionais como crises de fúria, mas também dificuldades de concentração, marcadas por esquecimentos;
(2) A desumanização da relação com o outro - é uma consequência directa da exaustão, dado que quando as emoções se tornam muito intensas e criam desconforto, tenta-se colocá-las de parte. É marcado por um desligamento emocional que se assemelha a cinismo. O trabalhador em burnout faz um uso abusivo e constante do humor irónico e negro, que se torna o seu modo de diálogo diário;
(3) O sentimento de insucesso profissional é consequência dos dois planos anteriores, esta diminuição da realização pessoal é vivida dolorosamente. Pode expressar-se em sequência da sensação de não se ser eficaz, de já não se fazer um bom trabalho e de se estar frustrado relativamente ao sentido que antes se dava à profissão. Surge então a culpabilidade, a desmotivação, a auto-desvalorização.
Inúmeros trabalhos expressam o burnout como um importante problema individual, organizacional, com impacto negativo ao nível da saúde (ex.: ansiedade e depressão) e do desempenho profissional (ex.: absentismo com ou sem justificação e projectos em mudar de profissão).
O primeiro passo para prevenir ou tratar o burnout passa por estar atento aos sinais de alerta e procurar ajuda de um especialista.
Esteja atento, pela sua saúde!
Texto integral em: http://hdl.handle.net/10451/20658
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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