No
passado dia 13 de Março, morreu Berry Brazelton, o médico que mais revolucionou a pediatria na era moderna – um herói para
bebés, crianças e famílias.
Autor da obra "O
Grande Livro da Criança", traduzida em Portugal, Berry Brazelton foi
capaz de reformular a pediatria, chamando a atenção para as competências das
crianças e para as potencialidades dos pais, deixando de lado uma «medicina»
que se concentrava apenas nas patologias.
Brazelton
foi criador do modelo Touchpoints — seguido e implementado em Portugal pelo
pediatra Gomes-Pedro, que criou a Fundação Brazelton/Gomes-Pedro — segundo o
qual o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes se faz através de
momentos-chave, os tais touchpoints, que são patamares no crescimento e desenvolvimento aos
quais se deve dar especial atenção.
Este
modelo assenta no pressuposto que são os pais os maiores conhecedores dos seus
bebés e que os especialistas devem estar presentes para dar aconselhamento
técnico e para apoiar os progenitores, passando-lhes a ideia de que eles têm as
ferramentas necessárias para criarem os seus filhos. Trata-se de abandonar o
“modelo patológico”, em que o profissional de saúde apenas realiza exames
físicos, para praticar um modelo “relacional”.
Uma das
grandes inovações do pediatria norte-americano foi a humanização da criança, o
reconhecimento de que esta tem competências e desempenhos a partir do momento
em que nasce, e também o reconhecimento das competências parentais.
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