A doença crónica é definida por ser
uma doença que persiste por um longo período e não se resolve num curto espaço
de tempo. Há centenas de doenças crónicas conhecidas, e cada uma afecta o corpo
de forma diferente. Alguns exemplos de doenças crónicas são: diabetes, doença
de Alzheimer, hipertensão, asma, sida, cancro e doenças autoimunes.
As doenças crónicas podem
acompanhar durante muito tempo a vida de uma pessoa ou toda a sua vida, e neste
último caso não há cura, apenas tratamentos periódicos, tornando-se assim numa ameaça
ao bem-estar e na qualidade de vida. Existem as que são potencialmente
ameaçadoras à vida, e as que não apresentam risco mas podem ter o potencial de
serem fisicamente debilitantes. Além da parte física, as doenças crónicas
também apresentam efeitos emocionais e psicológicos que podem ser devastadores
e até influenciarem o processo de tratamento. As doenças crónicas naturalmente
provocam mudanças na vida da pessoa, para além dos condicionamentos do dia-a-dia,
obrigam a tomadas de decisões e à exploração de novos caminhos desconhecidos
até então.
Cada doença tem as suas especificidades,
seja o número de horas que a pessoa tem de passar em serviços de saúde, as
alterações na alimentação, o tempo recomendado de descanso, a possível ausência
do trabalho, menos rendimento, modificações nos papéis sociais, alteração de
hábitos, dependências e interdependências de outras pessoas. Nas situações em
que a pessoa precisa de alguém para se deslocar ou para realizar alguma
atividade do quotidiano, as dificuldades emocionais da gestão da doença tendem
a piorar.
Perante esta situação, existem
algumas questões fundamentais, que ajudam a uma maior aceitação da doença e a
uma maior procura de alternativas que aumentam o bem-estar apesar da doença:
- Aprender o máximo que puder
sobre a doença – Quanta mais informação se tiver, melhor se lida com os
sintomas e tratamentos.
-Procurar um médico com o qual se
identifique e procurar fazer todas as questões que tiver e tomar as decisões
sobre os tratamentos com o médico, e seguir o tratamento de forma adequada.
- Juntar-se a um grupo de apoio e
assim perceber que não está sozinho com a doença e que há várias pessoas na
mesma situação. Pode receber informações de outras pessoas que vivem com a
doença há mais tempo.
- Manter um exercício físico
regular adequado à sua situação clínica, um dieta equilibrada e cuidados
preventivos, além do tratamento clínico.
- Manter-se activo socialmente,
permitindo a aproximação de familiares e amigos e participar em actividades que
promovam o bem-estar psicológico.
- Reconhecer e aceitar que,
durante o tratamento, poderão haver dias bons e maus.
- Lembrar-se sempre que as
pessoas são muito mais do que a sua doença. Pode ter uma doença crónica, mas
isso é uma parte da sua pessoa. Além disso também é um pai fantástico, um
melhor amigo de alguém, uma mãe dedicada, um avô carinhoso, um excelente
profissional, …
- Procurar apoio psicoterapêutico
pode ajudar, mesmo quando se sente que tem bom suporte familiar e de amigos, a
ajuda de um profissional de saúde mental pode ser necessária e também é muitas
vezes aconselhável para os membros da família que lidam com a doença de um ente
querido.
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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