Muitas vezes, ao longo da nossa vida nos
deparamos com dilemas. Uns mais complicados e que criam um maior mal-estar,
outros menos intensos. Contudo, os dilemas criam por norma algum desconforto
por termos que decidir pelo menos por duas opções contraditórias, mas que por
diversos motivos, não nos é fácil avançar nessa escolha.
Por vezes podemos ficar num mal-estar por um
período longo. No entanto, muitas vezes esses dilemas podem estar associados à
incapacidade ou dificuldade de largar algo a que estávamos habituados e que nos
é difícil imaginar sem isso, para podemos abrir um novo capítulo e agarrar algo
novo e diferente, mas que nos pode fazer sentido num determinado momento.
Falando de uma forma mais concreta, alguns
exemplos:
- “Eu sempre estudei desta forma, mas agora na
faculdade isto não está a funcionar... mas se sempre funcionou, vai ter que
continuar a funcionar assim... ou será que tenho que aprender uma nova forma de
estudar?”
- “Eu sempre idealizei ter este trabalho, mas
agora que aqui estou não me sinto satisfeita nem realizada... Será que procuro algum
outro trabalho? Ou hei-de insistir neste?”
- “Sempre disse que não acreditava em relações
à distância e que nunca me iria colocar numa situação dessas, mas a minha
esposa tem um trabalho tão bom cá e eu tive uma proposta óptima num outro
país... Talvez pudéssemos tentar experimentar...?”

Muitas vezes quando a situação que nos cria
desequilíbrio, ficamos assustados e agarramo-nos ainda com mais força ao que já
conhecemos. E podemos demorar algum tempo aí. Cada pessoa necessitará do seu
tempo para elaborar o dilema e colocar a hipótese de contrariar o que pensava
que queria, os seus objectivos iniciais, os seus gostos antigos, e colocar
verdadeiramente a hipótese de avançar para algo novo e desconhecido.
Naturalmente, o desconhecido pode tornar-se assustador para algumas pessoas, no
entanto se for essa a decisão que se toma, será com certeza uma oportunidade de
se avançar e evoluir, com novas aprendizagens.
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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