terça-feira, 7 de março de 2017

Da tranquilidade e da calma à raiva

Provavelmente já passámos por esta situação ou conhecemos algumas pessoas que já possam ter passado. Aquela pessoa calma, tranquila, sempre de bem com os outros, dedicada e prestável... De repente há um dia em que grita e diz palavras agressivas a alguém... O que poderá levar a uma pessoa que está bem a ter um acesso de fúria? Até podemos compreender quando é uma situação isolada, estava num mau dia... Mas, e quando isso começa a acontecer com frequência? Por norma as pessoas à sua volta não percebem, e a própria pessoa sente-se culpada... Mas sente que não se consegue controlar. O que poderá estar por detrás disto?

Muitos de nós engolimos sapos para não nos chatearmos, para evitar conflitos e discussões ou porque temos receio que as relações se alterem e as pessoas fiquem aborrecidas e zangadas. Contudo, ao não exteriorizarmos as nossas opiniões, sensações, emoções e pensamentos, muitas vezes criamos uma tensão interna, porque vão ficando demasiadas questões acumuladas. E mesmo que digamos para nós próprios que é o melhor, o não dizer nada, não deixamos de ficar com essa acumulação só porque não queremos, e por mais que tentemos não pensar nisso... esse mal estar, essa frustração, essa tristeza acaba por sair de alguma forma. E muitas vezes de forma imprevisível...

Contudo, é um indicador de que alguma coisa não está a correr bem e que é preciso mudá-la, podem ser problemas nos relacionamentos pessoais, sejam familiares, amorosos ou amizades, ou profissionais. Ao percebermos o que nos está a acontecer, permite-nos parar e reflectir sobre o que não está bem e aprender mais sobre as nossas próprias emoções. Identificar os primeiros sinais do aparecimento da fúria e raiva, possibilita detê-la antes que cresça.

O primeiro passo é percebermos o que nos está a acontecer e querer mudar o que nos cria esse mal-estar e frustração. Contudo, essa tarefa pode ser a mais difícil, porque algumas das vezes podem ser situações que estão a ser vividas há muito tempo e mudá-las requer realmente uma atitude decidida. Depois se assumirmos que queremos essa mudança é possível aprender a gerir a raiva e melhorar a própria vida e a dos que nos rodeiam. 

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

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